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A anestesia raquidiana, como diz o nome, é feita no espaço raquidiano, ou seja, onde circula o líquido cefalorraquidiano e atualmente é a mais indicada para a gestante nos partos cesarianos. É por meio desse fluído, ou líquor, que ocorre o transporte das substâncias responsáveis por amortecer a medula espinhal e o córtex cerebral. A injeção é única e certeira, causando o bloqueio motor imediato.

A anestesia raquidiana, mais conhecida como raqui, é feita mais profundamente na coluna lombar, com uma agulha que mede cerca de 12cm e tem a largura de um fio de cabelo. A aplicação é indolor porque antes da introdução da agulha é feita uma anestesia local para que o processo seja o mais confortável possível. A paciente permanece anestesiada cerca de 3 horas, o que vale dizer que age o tempo necessário para o médico realizar a cesariana. Embora a gestante perca a sensibilidade e os movimentos dos membros inferiores em poucos minutos após a aplicação do anestésico, a paciente permanece consciente e acordada.

Além da anestesia raquiana, também é possível utilizar a anestesia peridural. A diferença básica entre as duas esta na localização em que o anestésico é injetado. No caso da peridural ele é colocado antes de atingir o canal medular (no espaço peridural). As diferenças básicas entre as duas anestesias são:

  • A raquidiana usa uma quantidade menor de anestésico.
  • O tempo de anestesia de uma raquidiana dura em média 3 horas enquanto que o tempo de anestesia de uma peridural dura em média 6 horas.
  • Embora rara, a raquiana pode evoluir com um “cefaléia pós raqui” e exigir a administração de medicamentos em maior necessidade ou até a realização de algum procedimento para resolver o problema.
  • O risco de intoxicação anestésica, embora também raro, é maior na peridural.
  • O tempo que a anestesia iniciará seu efeito e mais rápido na raquidiana.
  • Na peridural, em algumas situações, a paciente pode confundir a sensação tátil com a sensação de dor.

No parto normal, o uso da raquidiana ocorre quando a gestante já chega ao hospital em trabalho de parto avançado e com bastante dilatação. Nessas situações a paciente precisa de uma anestesia única e com ação imediata. Para o parto normal, a raqui pode ser utilizada em doses menores e na fase final do trabalho de parto. Em situações em que são esperadas muitas horas de trabalho de parto, normalmente se usa uma técnica combinada de raquianestesia associada a peridural com cateter para que seja possível prolongar o quanto for necessário a anestesia

No que diz respeito aos efeitos colaterais da anestesia raquidiana, após a punção lombar na raquidiana, em alguns casos pode ocorrer queda da pressão do líquor, levando ao aumento da pressão intracraniana e dor de cabeça. Nesse caso, o tratamento consiste no repouso, hidratação e uso de analgésicos.

Em raras situações será utilizada a anestesia geral para o nascimento de um bebê.


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