As células-tronco são, segundo 165 mil estudos científicos só nos últimos 10 anos, potencialmente úteis a diversas terapias. Entre 1988 e 2012, mais de 20 mil transplantes de medula, 80 deles no Brasil em 2011, utilizaram células-tronco extraídas do sangue do cordão umbilical (hematopoéticas). Mais de 80 doenças já foram tratadas com o auxílio dessas células. Dentre as mais conhecidas estão os linfomas, as leucemias, as de falência medular, as metabólicas e as imunológicas. Várias outras ainda serão tratáveis, projetam estudos científicos.
Grandes centros de pesquisa sugerem também uma enorme aplicação médica das células-tronco extraídas do tecido do cordão umbilical. Conhecidas como mesenquimais, apresentam propriedades imunológicas únicas e potencial de gerar órgãos e tecidos. Pesquisas indicam que poderão vir a ser usadas nas terapias de diabetes tipo I, diabetes tipo II, cirrose hepática, doenças cardíacas, queimaduras agudas, Alzheimer e lesões esportivas, dentre tantas outras.
A utilização conjunta das células-tronco retiradas do sangue e do tecido do cordão umbilical tende a aumentar ainda mais a eficácia terapêutica no tratamento de doenças hematológicas. Ensaios pré-clínicos estimam que esta combinação multiplica por seis a chance de êxito nos transplantes de medula.
Segura e indolor, tanto para a mãe quanto para o bebê, a coleta do sangue e/ou do tecido do cordão umbilical é realizada durante o parto ou cesária, após o nascimento do bebê. Depois de coletado, o sangue do cordão é posto numa bolsa específica, mantida sob temperatura estável até a chegada ao laboratório.
A cada dia mais acessível, o armazenamento das células-tronco de cordão deve ser precedido por uma escolha criteriosa da empresa que fará o serviço. Para garantir o perfeito armazenamento dessas células e, consequentemente, o aproveitamento ótimo do seu potencial terapêutico, os pais devem considerar aspectos como qualificação e experiência profissional da empresa, segurança, certificação internacional, pioneirismo, apuro tecnológico, disponibilidade do material armazenado e excelência do serviço propriamente dito, desde a coleta até o processamento e o armazenamento.
Nos bancos privados de armazenamento de células-tronco, em geral, o agendamento da coleta pode ser feito a qualquer momento, e o material armazenado fica imediatamente disponível para ser utilizado no bebê e em seus familiares diretos. Já a possibilidade de encontrar uma amostra compatível em bancos públicos depende da etnia de quem procura o transplante. Podem ser necessárias milhares de amostras armazenadas para encontrar um doador compatível.
Outros pontos a se considerar para a escolha do banco de armazenamento de células-tronco, até por recomendação dos obstetras, referem-se ao tempo e a credibilidade da empresa no mercado; à forma com que se relaciona com os médicos; à existência de acordos internacionais de cooperação tecnológica e ao compromisso de se manter atualizada na área da medicina regenerativa.
Na hora de escolher a empresa que fará a coleta, deve-se verificar também o padrão de armazenamento – desde os sistemas de segurança, o controle de temperatura e a qualidade do ar até o monitoramento permanente das condições de preservação das células. Deve-se checar, ainda, se a qualidade do laboratório é atestada por órgãos nacionais e internacionais, como Associação Americana de bancos de Sangue (AABB) e Anvisa.
Todos esses aspectos convergem para três parâmetros essenciais à escolha do banco de armazenamento de células-tronco de cordão: a qualidade do serviço, a experiência e a segurança dada pela empresa que tem a responsabilidade de extrair, processar e preservar, e forma íntegra e por longo período, um material que significa a esperança no futuro mais saudável. Um processo muito mais acessível do que se pensa. É a vida sendo potencializada a partir de algo que seria descartado!
