Há um temor muito grande por parte dos casais que alguma situação emergencial aconteça ao longo da gravidez e que isso possa passar despercebido ou que não seja tomada a conduta adequada para se resolver o problema.
No sentido de atuarmos sempre preventivamente, existem as consultas e exames (quer laboratoriais, quer ecográficos ou outros) que são marcadas a intervalos e em períodos gestacionais específicos para que haja uma avaliação detalhada de como evolui a gravidez.
Essas avaliações permitem que o médico obstetra anteveja situações criticas e antecipe suas condutas para evitar danos à mãe, ao bebê ou ambos.
Existem, no entanto, situações que são imprevisíveis e que devem levar a gestante a uma consulta de emergência no hospital de referência fornecido pelo médico obstetra. Elencamos as principais:
- Sangramento abundante: é um sinal que deve ser valorizado e, nessas situações, deve ser imediata a busca a um serviço de emergência para uma correta avaliação da situação. Na fase inicial da gestação (até a 12ª semana) pode haver algum sangramento ou até mesmo a presença de “borra” sem que isso represente risco para a gravidez. Mas após o primeiro trimestre e principalmente se o sangramento for vivo e abundante, vá a um serviço de emergência imediatamente para uma avaliação. Se a gestação estiver próximo do termo e o sangramento for associado a contrações fortes, mais urgente ainda se torna a busca pelo hospital de referência.
- Perda de líquido via vaginal em grande quantidade: é um sinal de que, provavelmente, houve a ruptura da bolsa amniótica. Como não há como se ter certeza sem que ocorra o exame médico da paciente, nessas situações também é prudente ir até um serviço de emergência. Ressaltamos que são comuns pequenas perdas líquidas a partir da metade da gestação e que representam simplesmente secreção vaginal acumulada ou, em alguns casos, perda urinária. A ruptura verdadeira da bolsa amniótica, além do volume ser normalmente grande e persistente, via de regra se associa ao surgimento de cólicas e contrações uterinas.
- Diminuição significativa ou até parada na movimentação fetal: o médico obstetra sabe quem são os bebes que estão em situação de risco e orienta a paciente para esses cuidados. É importante, principalmente após a 30ª semana de gestação, que o bebe mantenha o seu padrão de movimentação (pelo menos 4 bons episódios de movimentos ao longo do dia). Se houver mudança muito significativa para menos ou parada na movimentação fetal é sempre importante uma avaliação médica. Já o excesso de movimentação fetal não deve preocupar.
- Contrações uterinas ritmadas: é bastante comum que, ao longo da gravidez, ocorram algumas contrações uterinas. Essas contrações são esporádicas e normalmente não levam a dilatação do colo uterino e ao nascimento do bebê. Já contrações rítmicas (que apresentam intervalos regulares – a cada 10 minutos ou menos) rotineiramente estão associadas ao trabalho de parto e devem ser avaliadas para serem inibidas (se a gestação ainda não estiver concluída) ou controladas para o devido acompanhamento do nascimento do bebê.
Além dessas situações elencadas anteriormente, não há nenhuma outra que exija assistência imediata. De qualquer forma, os hospitais mantêm equipes de plantão 24 horas para atender eventualidades que possam surgir.
Rotineiramente, ao avaliar uma paciente que busca o serviço de emergência, o médico de plantão entra em contato com o médico que esta acompanhando a paciente para dirimir eventuais dúvidas e para, em conjunto, orientar a pacientes sobre as condutas e tratamentos que serão repassados a mesma.
Quero Agendar uma Consulta com o Dr. Claudinei Londero - Obstetra Curitiba