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Atualmente é bastante freqüente que as mulheres protelem a primeira gestação para mais tarde. Na disputa pelo mercado de trabalho, pela formação acadêmica, pela conquista de independência financeira e tantos outros motivos, muitas mulheres estão engravidando após os 35 ou 40 anos.

Em levantamento feito no consultório, nos últimos 10 anos e com quase 2000 gestantes, comprovamos os seguintes dados: 

  • Mulheres que engravidaram antes dos 20 anos - 1%
  • Mulheres que engravidaram entre os 21 e 30 anos - 20 %
  • Mulheres que engravidaram entre os 31 e 35 anos -  31%
  • Mulheres que engravidaram entre os 36 e 40 anos - 28%
  • Mulheres que engravidaram após os 41 anos - 20%

Ou seja, no consultório se confirma o que já se sabe: as mulheres estão tendo filhos mais tarde. Praticamente 50% das mulheres que compareceram ao consultório  para acompanhamento pré-natal nos últimos 10 anos tem mais de 35 anos de idade. Isso sempre traz indagações relacionada com os riscos envolvidos. 

Do ponto de vista da mulher, não há nenhum aumento expressivo dos riscos envolvendo a gestação e o nascimento. Diferente da época das nossas avós e bisavós que, aos 40 anos de idade não estavam tendo o primeiro, mas o décimo filho – e isso muitas vezes sem assistência médica adequada, sem pré-natal, com partos domiciliares feitos por parteiras, sem correção de anemias, infecções, rupturas de períneo e tantos outros problemas – hoje há uma assistência médica muito desenvolvida e que acaba repercutindo positivamente sobre a saúde geral das pessoas. Esse melhor cuidado com a saúde faz com que as complicações que aconteciam antigamente sejam menos frequentes nos dias atuais. Há realmente um maior risco para hipertensão, diabetes gestacional, pré-eclâmpsia e outros, mas o aumento é pouco significativo.

Do ponto de visto da criança, há um aumento no risco de doenças genéticas pelo fato de que, ao contrário do homem que produz espermatozoides continuamente ao longo da vida, às mulheres tem a produção de todos os seus óvulos feita já no período intra-uterino – ou seja – uma mulher que engravida aos 40 anos esta usando um óvulo que tem também 40 anos de idade. Esse “envelhecer” dos óvulos aumenta a chance de problemas genéticos. A mais comum das Síndromes genéticas envolvidas é a Síndrome de Down. Estatisticamente falando, a incidência dessa síndrome é a seguinte:

  • Aos 20 anos – 1 bebê com S. de Down a cada 898 gestantes;
  • Aos 25 anos – 1 bebê com S. de Down a cada 795 gestantes;
  • Aos 30 anos – 1 bebê com S. de Down a cada 526 gestantes;
  • Aos 35 anos – 1 bebê com S. de Down a cada 210 gestantes;
  • Aos 40 anos – 1 bebê com S. de Down a cada 57 gestantes;
  • Aos 45 anos – 1 bebê com S. de Down a cada 15 gestantes.

Nota-se que realmente há um aumento significativo após os 35 anos de idade, mas que mesmo assim é muito mais frequente o nascimento de bebês saudáveis do que com problemas. Além da Síndrome de Down, existem outras síndromes genéticas como S. de Edwards, S. de Turner, S. de Patau e outras cuja incidência é inferior a S. de Down.

Com o avanço dos exames de imagem é possível que essas síndromes sejam suspeitadas e diagnosticadas ao longo da gestação, sendo a medida da translucência nucal realizada por exame ecográfico entre a 11ª e 14ª semanas de gestação a mais importante em relação às síndromes genéticas. A confirmação de uma síndrome depende de exames genéticos que podem ser feitos obtendo-se uma amostra de vilo corial (futura placenta) ou de líquido amniótico e analisando-se em laboratório as células fetais obtidas. Além desses exames, surgem no mercado, exames que, feitos com o sangue materno (Teste Panorama e outros), são muito eficientes nesse rastreamento. Ainda são exames caros cuja coleta do material é feita aqui no Brasil e a amostra enviada aos Estados Unidos para análise, mas que podem ser úteis na definição da normalidade ou anormalidade genética do bebê. Acreditamos que em um futuro próximo esses exames se tornaram mais populares e com custos mais reduzidos, permitindo que sejam incluídos na rotina de pré-natal. 

É importante ressaltar que legislação brasileira – diferente de outros países - não permite a interrupção da gestação nessas situações e, ao se deparar com uma síndrome genética, a medicina não tem muito a oferecer em relação ao tratamento. No entanto, é possível que o casal se prepare para receber uma criança com limitações e que aprenda a estimulá-la precocemente e inseri-la dessa forma normalmente na sociedade.

De posse de todas essas informações, fica mais fácil para a mulher e o casal que planejam uma gestação e, principalmente, protelar a constituição da família para mais tarde, tomar a decisão de qual será o melhor momento para a gravidez e que riscos estão envolvidos nessa decisão.


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